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Como escolher um Kit

 

 

   O critério de seleção de um kit passa, inicialmente, por ter em consideração o tipo de uso e percurso que o mesmo terá de efetuar e quantos Km é necessário percorrer. O peso, inclinações do percurso e a vontade de pedalar do utilizador vão determinar a potência e/ou velocidade do motor. Se pretende um sistema em que não queira praticamente pedalar ou que inclua no seu percurso inclinações superiores a 15% ou ainda se tem mais de 100Kg de peso deve ponderar logo a aquisição de um sistema de 500W a não ser que pretenda realizar algum exercício de pequena intensidade.

 

   Ao escolher o tipo de motor deve-se optar sempre por um sem manutenção que são designados por “brushless” (motor sem escovas) e com engrenagem o que permite ficar com a roda livre mesmo quando o sistema elétrico está desligado ou se circula a uma velocidade superior à que o motor consegue atingir. A potência do motor pode variar entre 250W e mais de 1000W sendo que segundo a diretiva comunitária, para circular nas vias públicas, o motor não pode ter mais de 250W, o seu funcionamento tem de ser interrompido a partir dos 25Km/h (+/- 10%) ou antes se deixar de dar aos pedais. Se utilizar a bicicleta fora das vias públicas não terá este tipo de limitações.
     As rotações por minuto (rpm) escolhidas interferem diretamente na velocidade que a bicicleta irá atingir. A ter em conta que quanto mais rotações o motor tiver menos binário (força)  irá desenvolver. O tamanho da roda também interfere com essa relação. De forma geral, para manter um bom equilíbrio entre binário e velocidade deve-se escolher as rpm para atingir os 27,5Km/h para motores de 250W (220rpm para motor numa roda de 26") garantindo também o cumprimento da lei vigente sem recurso ao limitador de velocidade.

Veja mais informações sobre a velocidade e binário dos motores no separador "O binário e as rpm do motor"

 

   Se vai utilizar o sistema para se deslocar nas vias publicas deve ter em atenção que o mesmo cumpra as normas da nossa legislação ou que possa, pontualmente, cumpri-las que é o caso dos Kits SanelKit. Embora as autoridades não sejam rigorosas no cumprimento da legislação a lei existe e devemo-nos acautelar no caso de sofrer-mos alguma abordagem por parte de um agente menos tolerante. Pelo menos a limitação de velocidade deverá estar ativa uma vez que a potência do sistema não é fácil de comprovar sem realização de ensaios técnicos.

 

   O componente mais caro num kit, e que dita o seu melhor ou pior desempenho, é a bateria. As baterias de SLA (Sealed Liquid Acid), vulgarmente designadas por chumbo ou gel, são as mais económicas mas também as menos fiáveis, de menor duração e mais pesadas. As baterias de iões de lítio são cerca de 4 vezes mais leves que uma bateria de chumbo, desenvolvem maior potência nominal e os seus ciclos de carga/descarga são superiores, em média, 3 vezes. Mesmo sendo mais cara a compra inicial, as baterias de lítio compensam pela sua durabilidade melhor desempenho e menor peso acabando por se tornar uma escolha mais económica a médio prazo.

As baterias SLA apenas compensarão se realizar menos de 15Km nas suas deslocações diárias e se a bicicleta já disponibilizar um local apropriado para as aplicar, como um suporte traseiro. Também há que ponderar o peso do conjunto e a parte estética que tem sempre grande peso neste tipo de montagens.

Consulte as características de cada bateria na nossa página de Produtos no separador Baterias.

O tipo de bateria a aplicar vai depender do seu gosto mas sobretudo da possibilidade de instalação da mesma no quadro da bicicleta em questão. Existem vários formatos de baterias que se adaptam a praticamente todos os modelos de bicicletas.

A capacidade da bateria terá a ver com a distância que pretende percorrer com uma carga mas principalmente com a taxa de descarga da bateria em relação à potência do equipamento que esta vai alimentar. Temos como exemplo um sistema de 500W em que o controlador debita 22A. O utilizador poderá apenas necessitar de fazer 20Km e a bateria de 9A/h seria suficiente, no entanto, tendo em consideração que o controlador é de 22A a taxa de descarga da bateria não deve ultrapassar os 2C. Isto quer dizer que a capacidade mínima da bateria para um equipamento desta potência deverá ser, no mínimo, de 11A/h independentemente da tensão da bateria. A utilização de uma bateria com inferior capacidade, neste caso, irá diminuir a durabilidade da mesma.

Opte sempre por uma bateria de superior capacidade em caso de dúvida relativamente á autonomia. Para mais informações acerca da durabilidade e preservação da bateria veja o separador "A bateria de Litio"

 

    Na montagem recomendamos a instalação do motor na roda da frente (motores de 250W), salvo se essa montagem não for possível devido, por exemplo, ao eixo da forqueta ou suspensão ser superior a 10mm ou a distancia entre as pernas ser superior a 100mm ou motores iguais ou superiores a 500W de potência. As vantagens são várias desde a montagem/desmontagem ser mais simples, ser um pouco mais económico, não interferir com o sistema de mudanças e resultar numa melhor distribuição do peso da bicicleta melhorando a sua agilidade.
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   De modo a poder circular relaxadamente e cumprindo a legislação, é necessário aplicar um sensor de pedalada PAS (pedaling assisted system). Este elemento é aplicado no eixo pedaleiro da bicicleta dando informação ao controlador da cadência com que se efetua a pedalada servindo para gerir a assistência dada através da variação da potência do motor. O seu uso não é imprescindível, podendo o equipamento funcionar apenas com o acelerador, mas adiciona conforto à utilização uma vez que aciona o motor de forma automática.

Embora não esteja contemplado o seu uso na nossa legislação, a SanelKit aplica sempre o acelerador nas suas montagens. O mesmo é importante para iniciar a marcha uma vez que com o sistema elétrico utilizamos sempre mudanças "pesadas". Ao parar num semáforo ou por qualquer outro motivo, torna-se difícil arrancar novamente se não tiver disponível o acelerador, uma vez que o sensor PAS precisa de uma certa cadência do pedaleiro para acionar o motor.

O acelerador pode ser desativado através do display ou recorrendo a um botão, por exemplo, caso necessário.

 

   Dependendo do tipo de consola que optar a mesma pode ser um display de LED ou LCD. No sistema mais económico pode escolher apenas um acelerador com um indicador básico do estado da bateria de 3 leds, ao qual não é possível selecionar o nível de assistência PAS. A SanelKit utiliza vários tipos de displays nas suas montagens desde os mais económicos até aos mais elaborados e de dígitos de grande dimensão. Veja todos os nossos displays na nossa página de Produtos no separador Displays.

 

   A utilização de sistemas que desabilitam o funcionamento do motor quando se atua um travão não é imprescindível mas adiciona segurança, principalmente se se tratar de motores de potência igual ou superior a 500W. Os mesmos podem ser simples manetes que possuem um interruptor incorporado ou sensores de travão que podem ser adaptados a quase todo o tipo de travões mesmo hidráulicos. Estes últimos são os mais utilizados pois permitem manter o equipamento original da bicicleta mantendo a estética da mesma.

Quando deixa de pedalar o sensor PAS deteta essa falta de movimento e dá ordem ao controlador para que desligue o motor. Toda esta análise pode demorar de 1 a 3 segundos, dependendo do sistema. No caso de uma travagem de emergência pode haver algum descontrolo por parte do utilizador durante aqueles escassos segundos em que se trava e o motor continua a mover a bicicleta. No caso de travões com bom desempenho esta situação é irrelevante sentindo-se apenas um esforço por parte do motor que ainda não desligou sendo mais notório em motores de maior potência e daí ser aconselhado a aplicação de um sistema de corte em equipamentos a partir dos 500W de potência.

 

   Aconselhamos também incluir um sistema de luzes no seu equipamento para uma saída noturna mesmo que pontual. As luzes funcionam através da bateria que alimenta o restante equipamento tendo ainda a vantagem de poderem ser acionadas em movimento através do display. O seu consumo é irrelevante não interferindo em nada com a autonomia e estão sempre prontas a utilizar pois não necessitam de pilhas nem baterias externas. Normalmente quando necessitamos de luz é que nos lembramos que não substituímos as pilhas ou colocamos a bateria em carga. Neste caso a iluminação está sempre ativa para quando dela precisar. 

 

   Todos estes pontos são uma abordagem inicial dos tópicos mais importantes da conversão elétrica de uma bicicleta. Consulte-nos no caso de dúvidas ou se pretender informações mais elaboradas.

 

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